O companheirismo pressupõe o acto da reciprocidade. Trata-se de saber que se pode contar com alguém. Como agora é comum, fiz uma busca pela Internet e encontrei noções que posso resumir no seguinte:
A ética da reciprocidade é um princípio moral geral, que se encontra em praticamente todas as religiões e culturas, frequentemente como regra fundamental. Este facto, sugere que a ética da reciprocidade pode estar relacionada com aspectos inatos da natureza humana. Segundo Confúcio está próxima da humildade e fica perto da disciplina moral, da simplicidade de carácter a que a lealdade não é alheia. Tudo isto pode parecer demasiadamente complicado, para o nosso procedimento actualmente tão apressado que não dá tempo a consultar o “coração” (como fonte das nossas emoções). Desta forma cometeríamos menos erros o que nos levaria a um patamar de generosidade recíproca.
O suporte histórico do conhecimento ocidental leva-nos a formulações que se podem encontrar na história dos povos judaico-cristãos: "O que é odioso para ti, não o faças ao próximo". Porém na cultura ocidental, a fórmula mais conhecida é a que foi formulada pela figura de Jesus, no Sermão da Montanha: "Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós a eles" (Mt. 7, 12). Esta regra tradicional é também apelidada de regra de ouro. Parece simples, não é ? A Ideia pode parecer simples, mas proceder em conformidade torna-se difícil. Ser companheiro em Rotary não é só coabitar na mesma “casa”. Não é só o grau imediatamente inferior ao de aprendiz no rito francês. Para se ser companheiro é necessário cumprir uma regra de ouro: ser-se digno de uma sã amizade colectiva. É preciso ter a coragem de estar ao lado do companheiro que perde. Nessas alturas podemos ser muito úteis aos nossos compagnons de route aliviando-lhe algum sofrimento momentâneo, por alguma incompreensão que possa ter gerado no seio do seu Clube Rotário Durante as reuniões semanais nos clubs de rotary podemos muito bem “dar cabo das nossas tarefas” conversando, usando a nossa confiança recíproca, procurando az tolerância tendo a paciência de escutar o outro na sua verdade ou suposta mentira, no seu discernimento ou na sua loucura, seu bom humor ou até na sua “chatice”. Enfim, no seu modo próprio de ser e ver o mundo e a vida. E, obviamente, se eu e o outro somos tolerantes, temos uma boa oportunidade de sustentarmos uma sólida amizade.
Os companheiros em rotary devem ser tolerantes, esquecendo as brigas, as rabugices que às vezes chegam a ser nojentas e asquerosas. É preciso saber conviver com o outro e sua diferença. Conheço companheiros que gostam de mandar, explorar, pregar, ensinar e até estar sempre a orientar os outros. Isso pode impedir a ligação em termos de verdadeira amizade. Também acontece o mesmo com aqueles que ficam satisfeitos em entrar e sair das reuniões sempre mudos, não sabem ou não desejam ter amigos. Não obstante, reforçando o já dito, alguém que possui a capacidade para o diálogo, a tolerância, o bom senso, o senso de respeito ao outro como ele é, na sua postura, demonstra ter Sabedoria para bem viver a existência consigo mesmo e com o próximo. Acredito que está é uma saudável forma de companheirismo.
Fim
Bem prega Frei TomazFaz o que ele diz: não faças o que ele faz
Saudações Rotárias
José
Carlos de Oliveira
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